terça-feira, 13 de julho de 2010



Não Sei Falar de Amor


Já não me amo. Deixei de me amar para te amar. A primeira condição matava a segunda, por isso matei eu a primeira. Matei.
Fui eu. Serenamente obrigaste-me a escolher um de nós - não percebeste. Obedientemente eu escolhi. Injusto - nem reparaste. Agora: agora amo-te mas não te quero. E de ti não quero quase nada. Quase nada: quero apenas que me ames, que por ser fiel eu não posso. E é desta forma que quero que me ensines a falar de amor. Mas, desta forma, também tu não o sabes. Fui eu quem matou. Agora. Quase nada.



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